Escrevo ainda sob o peso da emoção de tua volta inesperada.
Nem com todas as mais belas palavras do maior poeta do
mundo, eu conseguiria expressar tamanha felicidade para que você entendesse a importância
de cada minuto ao seu lado.
Te escrevo agora reavivando a lembrança de cada momento
nosso vivido no passado, cada pedaço de um história quase perdida pelo medo,
pelo receio e pela maneira como estávamos fugindo disso. O pecado agora é
deixar de viver a intensidade do nosso amor.
Ainda que destinado a viver sob algumas penas, eu irei lutar
para que a chama desse amor se mantenha viva para servir de luz para muitos
outros amantes que se perderam na linha do tempo e, por bondade de Deus e fruto
de suas escolhas, têm seu amor por perto outra vez pronto a se permitirem uma segunda
chance.
O teu sorriso me fazia tão bem, teus olhos só viam os passos
meus, teu ciúme e teu jeitinho de controlá-lo sempre me deram a certeza de que eu
poderia deixá-lo ir, que logo voltaria. Demorou, demorou muito tempo, mas, quem
foi que disse que o amor entende o relógio, o calendário ou as estações do ano?
Quem foi que disse que o amor foi feito pra se entender???
Hoje percebemos que o tempo é sempre o melhor remédio, porém
seu resultado não é imediato. A distancia doeu, foi cruel e nos deixou criarmos
outras expectativas da vida, lutamos por objetivos em vão, nada deu certo. Mas,
aqui estamos de novo, inteiros, sobreviventes das adversidades da vida, prontos
e maduros para viver um amor de verdade. Não daqueles de conto de fadas onde
rapidinho, no altar foram felizes para sempre, mas, daqueles de: lutaram contra
as palavras más, contra o tempo, nadaram contra a maré, não desistiram quando
ficou difícil, se apoiaram um no outro e seguem pela vida a fora realizando
seus respectivos sonhos, e sonhando sempre, juntos.
